A maior prisão do mundo

A maior prisão do mundo

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Neste livro, Ilan Pappe reconstrói a história da ocupação israelense nos territórios palestinos, sobretudo após 1967, quando o Estado judeu rasgou definitivamente o Plano de Partilha aprovado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1948 e tomou conta de Jerusalém, da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. O autor revela que a entidade sionista possuía desde 1963 um plano para administrar os palestinos nas regiões ocupadas, e que estava apenas esperando uma oportunidade para colocá-lo em ação — oportunidade que se apresentou com a Guerra Árabe-Israelense, conhecida em Israel como Guerra dos Seis Dias. Quase sessenta anos depois, essa monstruosa megaprisão — os territórios ocupados —, marcada pela humilhação, pela vigilância e pela violência cotidianas, deu lugar a um campo de extermínio onde o direito internacional humanitário, que nunca foi respeitado pelos ocupantes, agoniza em imagens reproduzidas incessantemente nas redes sociais, diante da revoltante inação da imprensa e de governantes de norte a sul do planeta. “A terceira geração de prisioneiros palestinos está lá, à espera de que o mundo reconheça seu sofrimento e se dê conta de que, enquanto essa opressão prosseguir, será impossível discutir de modo construtivo a opressão em outros lugares do Oriente Médio”, escreve Pappe. “A imunidade que Israel recebeu encorajou outros regimes e outras oposições a acreditar que os direitos humanos e civis são irrelevantes. O desmonte da megaprisão na Palestina enviará uma mensagem diferente e mais esperançosa a todos os que vivem nessa parte conturbada do mundo.”

As discussões em Israel sobre como administrar áreas árabes ocupadas começou durante a operação no Sinai, quando, em aliança com ingleses e franceses, o Estado judaico tentou derrubar o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser, em outubro de 1956. Como parte da campanha, a Faixa de Gaza foi ocupada por alguns meses, e a sensação entre os estrategistas e comandantes do exército era de que as Forças de Defesa de Israel (IDF) não estavam bem-preparadas para a missão. Entenderam que uma abordagem mais sistemática era necessária. Em 1963, surgiu a oportunidade de desenvolver uma estratégia mais estruturada. Naquele ano, a instabilidade crescente na Jordânia levou os chefes do estado-maior a se prepararem para a eventualidade da queda do reino hachimita, que levaria a uma possível guerra com Israel. Eles começaram a contemplar mais seriamente a ocupação da Cisjordânia. Para tanto, precisavam de um plano. […] O plano recebeu o nome codificado de “Plano Shacham” e dividia a Cisjordânia em oito distritos para facilitar a imposição de um domínio militar organizado. […] Em três anos, a equipe ficou pronta para a eventualidade de uma ocupação militar, que de fato ocorreu em junho de 1967. […] pode-se dizer que, apesar dos preparativos elaborados, na prática se optou por uma forma mais fácil: uma simples extensão da dominação militar imposta a um grupo palestino (a minoria dentro de Israel) a um outro grupo palestino (as pessoas na Cisjordânia e na Faixa de Gaza). A minoria palestina em Israel foi colocada sob dominação militar entre 1948 e 1966 (na verdade, Mishael Shacham foi o último governador-geral daquela dominação), de modo que já havia uma dominação prévia que poderia ser reimposta nos Territórios Ocupados. A base para a velha e a nova imposição era a mesma: as regras de emergência do Mandato Britânico. A interpretação israelense dessas regras — em 1948 e também em 1967 — deu a um governo militar controle ilimitado sobre cada aspecto da vida do povo em sua área. […] O que eles conceberam e executaram, e o que sucessivas gerações de burocratas israelenses sustentariam, foi a construção da maior prisão de todos os tempos: uma megaprisão para 1,5 milhão de pessoas — número que subiria para quatro milhões —, que ainda hoje estão, de uma forma ou de outra, encarceradas entre suas grades reais ou imaginárias. Este livro conta a história das origens dessa prisão e tenta captar como era — e como ainda é — a vida nesse confinamento.

— Ilan Pappe, no prefácio


Preço: R$ 80,00

Pré-lançamento

Editora: Editora Elefante

Capa brochura, 384 páginas.

Categoria: História / Oriente Médio / Israel e Palestina

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