Corporeidades encruzilhadas

Corporeidades encruzilhadas

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corporeidades encruzilhadas — Paulo Nazareth e Cadernos de África apresenta o projeto Cadernos de África, de Paulo Nazareth. O projeto é composto de imagens em preto e branco – dentre panfletos, fotografias, vídeos –, produzidas durante viagens do artista pelo continente africano, assim como no Brasil. Concebido em 2012 e ainda em aberto, Cadernos de África é orientado por uma série de motivações e objetivos do artista: saber o que há de África em sua casa, conhecer África antes de chegar à Europa, saber o que há de sua casa em Europa, saber o que tem de África em Europa e saber o que tem de sua casa em África.

Através de ensaios da pesquisadora Napê Rocha, em diálogo com as imagens, além de uma entrevista com o artista, o livro propõe uma leitura deste conjunto de obras que traz as experiências das corporeidades negras presentes no trabalho de Paulo Nazareth e o pensamento africano e afro-brasileiro, mobilizando conceitos como encruzilhada, tempo espiralar e os trânsitos atlânticos. A edição inclui uma ampla seleção de imagens de obras de Cadernos de África. Na entrevista com Paulo Nazareth conduzida pela pesquisadora, são abordados os princípios norteadores do trabalho do artista, suas origens, seu começo na arte, suas performances, além de sua relação com o território, a escrita e a língua.

Trechos
“Paulo Nazareth comenta que a primeira estratégia para tratar da racialidade negra em Cadernos de África foi fazer o uso exclusivo de fotografias em preto e branco. Dessa maneira, o artista faz saltar aos olhos os contrastes de tonalidades de cor que podem ser imediatamente associadas às discrepâncias sociais e raciais fundamentadas no racismo a partir da colonização do continente africano e do sistema escravista, que produzem desigualdades estruturais ainda no presente. O artista opta por trazer à tona uma série de apagamentos históricos em torno dos saberes africanos, da história pré-colonial, do seu papel civilizatório e do lugar em que o continente se encontra na atualidade.” Napê Rocha

“Gosto sempre de pensar esse lugar que, na verdade, fala do ser negro, mas o ser negro é diverso. E eu volto na questão África e América, na construção de América e na construção de irmandade, porque ser negro só se torna uma questão racial quando se tem a construção de América, porque um negro na África é diferente, não é “o negro”. Não é o “povo negro”, é zulu, é xangana, massai, benguela, mina, efon, iorubá... Até o banto é uma multiplicidade de povos que quando você vê, a gente fala “iorubá” e “bantu”. Fico sempre falando desse lugar. Ser negro não é ser só um, mas volto na questão da irmandade, quando todos são colocados num barco e enviados para a América.” Paulo Nazareth


Sobre o artista
Homem velho nascido em Nak Borun, no Vale do Watu, em Minas Gerais, Paulo Nazareth vive e trabalha pelo mundo, carregando muitos nomes, heterônimos, alcunhas e apelidos, Awa Jeguakaí Rendá, Awa Jaguatá Haee Jopará, Awa Oguatua, Awa Jopará, Kachará, Bombom, Palmital, Cabeludo, James Brown, Jackson Five, Valderrama, Carlito, Bob, Rasta, Afro, Paulo, Mestre Paulo, Paulo Sérgio, Paulo da Silva, Mohamed, Mohammad Nazareth, Bin Laden, Osama, Al Qaeda, Talibã, Che, Ernesto Batista, Zé, José, João, Pedro, Nazareth de Jesus, Bugre, Borun, Fi da Ana, Filho da Ana, entre outros tantos, sendo tudo isso seu trabalho. Artesão, coletor de feitiços e aprendiz de reza brava, foi aluno de Mestre Orlando (artista afro-baiano carranqueiro e mascareiro radicado em Minas). Sua obra é muitas vezes resultado de gestos precisos e simples, que trazem ramificações mais amplas, sensibilizando para questões ligadas à imigração, ao racismo e ao colonialismo. Seu meio mais forte é o cultivo e a construção de relacionamentos com indivíduos que lhe cruzam o caminho — especialmente aqueles colocados à margem devido ao status legal ou por terem sido reprimidos pelas autoridades governamentais. O trabalho de Nazareth foi incluído em exposições coletivas como a 56ª Bienal de Veneza (2015); 22ª Sydney Biennial (2020); 34ª Bienal de São Paulo (2021); no Museu Nacional da República, Brasília (2023); Museum of Modern Art (MoMA), Nova York (2023), entre outras. Teve exposições individuais no Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte (2018); no Institute of Contemporary Art - ICA Miami (2019); na Galeria Pivô, São Paulo (2022); The Power Plant, Toronto (2022); na FaE — Faculdade de Educação da UFMG —, Belo Horizonte (2023-24); e em Inhotim, Brumadinho (2024-25).

Sobre a autora
Napê Rocha nasceu em 1991 em Vila Velha, Espírito Santo. Atua como professora, pesquisadora, crítica e curadora de Artes Visuais com foco em visualidades, práticas e poéticas afrodiaspóricas. É mestra em Estudos Contemporâneos das Artes pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Contemporâneos das Artes da Universidade Federal Fluminense (PPGCA-UFF) e licenciada em Artes Visuais pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Em 2020 integrou o Programa de Pesquisa MAM Rio | Capacete, com pesquisa sobre curadoria e encruzilhadas nas artes visuais. Foi curadora da exposição Gira (Museu Capixaba do Negro, 2019) e fez parte da equipe curatorial de O Trauma é Brasileiro (Galeria Homero Massena, 2019), Como Não Subir uma Escada (Paço Imperial, 2021) e Okará-Xirê (Sesc Três Rios, Teresópolis e Nova Friburgo, 2023). Tem publicado em revistas acadêmicas, catálogos, entre outros. _corporeidades encruzilhadas --- Paulo Nazareth e Cadernos de África é seu primeiro livro.


Preço: R$ 110,00

Disponível

Editora: Editora Cobogó

Capa brochura, 192 páginas.

Categoria: Arte / Arte / Geral

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